Comercialização de minérios na Bahia aumentou mais de 12% em 2019

Estado oferece muitas oportunidades para expansão da atividade minerária

Por Conexão Mineral 06/02/2020 - 22:41 hs
Foto: Ibram
Comercialização de minérios na Bahia aumentou mais de 12% em 2019
Evento realizado em Salvador foi realizado pela parceria entre CBPM e Ibram

O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Flávio Penido, afirmou que a Bahia apresenta “excelentes oportunidades” para expandir a atividade minerária legalizada em seu território e, assim, impulsionar ainda mais seu desenvolvimento socioeconômico. Ele participou da abertura do evento “CBPM e Ibram Convidam”, realizado em Salvador em 05 de fevereiro, que promoveu debates com integrantes do setor mineral. A organização é fruto da parceria do Ibram com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral.

Penido disse que a expansão da mineração da Bahia já está ocorrendo. “A Bahia é o 4º maior Estado produtor de minérios. Cerca de 180 municípios têm atividade mineral regular e legal e geram emprego, distribuição de renda e recolhem impostos e encargos. Em 2019 os municípios baianos recolheram R$ 58 milhões em CFEM”, disse.

O presidente do Ibram informou que novos projetos e a expansão de empreendimentos minerários estão sendo implantados. “Há projetos relacionados a muitos minérios, como cobre, vanádio, minério de ferro, cobre, zinco, níquel, fosfato, calcário e até urânio. O Estado demonstra pujança no setor de mineração”, afirmou.

Flávio Penido fez questão de reforçar que as mineradoras estão tomando providências para aperfeiçoar a segurança operacional de seus empreendimentos, inclusive, a segurança ocupacional, que envolve trabalhadores e prestadores de serviços. Além disso, as mineradoras buscam maior aproximação com as comunidades nos municípios onde a atividade é desenvolvida e junto a sociedade em geral. “Buscamos com esta aproximação estreitar nosso relacionamento e demonstrar à sociedade em geral que a mineração deve ser vista como solução para gerar benefícios socioeconômicos aos brasileiros. A população dos municípios onde a mineração ocorre já sente isso de perto, como na geração de empregos. Na Bahia, o setor gera 187 mil empregos diretos e indiretos e isso é muito positivo e vemos que o Estado pode estimular a mineração para gerar ainda mais benefícios”, disse.

Produção mineral baiana comercializada cresce 12,33% em 2019

A Bahia encerrou o ano de 2019 com crescimento da Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) de 12,33%, que representou um valor de comercialização de  R$ 3,6 bilhões. Ocorreu também um aumento de 9,04%, em relação a 2018 na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), chegando à R$ 57,9 milhões. Os principais bens responsáveis por este quadro positivo foram o ouro, com 31%, da exploração, nos municípios de Jacobina e Barrocas e o cobre, que representou 11%, explorado em Jaguarari, Juazeiro e Curaçá. Estes dados fazem parte do Informe e Balanço de Mineração de 2019, divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) da Bahia em 05 de fevereiro.

“Os números positivos, que o setor apresentou em 2019, refletem a potência que o Estado possui na exploração de bens minerais, especialmente presentes no semiárido baiano. Isso dá mais força para nos empenhar em aprimorar nosso trabalho, seja na prospecção de negócios ou nos investimentos para desenvolver essa região”, destaca o vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico.

No ano passado, o campeão em exportação também foi ouro, destinado a Bélgica, Canadá, Índia e Suíça e em segundo lugar, o vanádio, exportado para a África do Sul, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão e Holanda.

O balanço da SDE também mostra que o Estado ocupa a primeira posição nacional na produção de cromo, vanádio, diamante, urânio, talco, magnesita, salgema, bentonita e a segunda posição na produção de grafita e quartzo. É também o terceiro maior produtor nacional de água mineral, cobre e rochas ornamentais, tendo destaque ainda na comercialização de molibdenita.

Para ter uma ideia do valor distribuído da CFEM, o impacto positivo fica com município onde ocorreu a produção, 60% do valor total. Os municípios afetados ficam com 15% (por onde escoa a produção, desde o trajeto ferroviário, rodoviário, dutoviário até onde ocorreu operações portuárias de embarque e onde se localizam as demais instalações do beneficiamento da produção), outros 15 %  vão para o Estado e 10% restantes vão para União.

O Informe de Mineração da SDE, traz ainda curiosidades:  Caetité é o único município do Brasil a produzir urânio e o município de Nordestina é o único a produzir diamantes em kimberlitos (rocha matriz do diamante), o que elevou o valor das exportações nacionais em mais de dez vezes, em apenas 3 anos, recolocando o Brasil no seleto grupo mundial de grandes produtores de diamantes.